Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para assumir a presidência da Câmara dos Deputados, consolidou seu apoio entre a maioria dos partidos para a votação de sábado, 1º de fevereiro. Aos 35 anos e no quarto mandato como deputado federal, Motta é visto como um político jovem e promissor, com importantes contribuições durante sua trajetória. Entre suas atuações mais relevantes, destaca-se a presidência da CPI da Petrobras e a relatoria de temas de grande impacto como a PEC dos Precatórios e o orçamento de guerra, que marcaram sua atuação na ampliação do poder do Congresso.
Embora Motta não busque os holofotes, ele tem se destacado pelo trabalho de bastidor, com uma habilidade reconhecida para conduzir processos complexos. Durante a CPI, por exemplo, ele mostrou competência ao lidar com a pressão política e, como relator do orçamento de guerra, teve papel fundamental ao proporcionar maior poder aos parlamentares, especialmente ao Centrão. Esse empoderamento gerou desafios para o governo, refletindo nas negociações subsequentes.
Atualmente, Motta é visto como uma peça chave para estabilizar a relação entre o Executivo e o Legislativo, com grandes expectativas sobre sua capacidade de gerir as complexas questões orçamentárias. Além disso, ele é considerado um político conciliador, uma característica que o coloca em vantagem sobre outros possíveis candidatos à presidência da Câmara, como Elmar Nascimento (União-BA). O novo presidente da Câmara terá um papel crucial na definição dos rumos políticos do país, e Motta se posiciona como uma opção sólida para promover a pacificação entre os Poderes.