Após a assinatura de uma ordem executiva pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último sábado (28 de janeiro de 2025), hospitais começaram a suspender tratamentos de afirmação de gênero para menores de 19 anos. A medida abrange procedimentos como bloqueadores de puberdade, terapia hormonal e cirurgias de afirmação de gênero. O objetivo da ordem é instruir as agências federais a garantir que instituições médicas financiadas pelo governo cessem a oferta desses tratamentos para jovens transgêneros, com implicações criminais e financeiras para as que desrespeitarem a determinação.
Em resposta, várias instituições de saúde, como o Children’s National, em Washington D.C., e o Denver Health, no Colorado, anunciaram a suspensão de tais tratamentos para menores, a fim de manter a elegibilidade para o financiamento federal. A medida inclui a interrupção dos bloqueadores de puberdade, da terapia hormonal e das cirurgias de afirmação de gênero. A decisão tem gerado discussões sobre os impactos de políticas de saúde para a comunidade transgênera nos Estados Unidos.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, se manifestou alertando que a adesão à ordem executiva poderia violar as leis estaduais de anti-discriminação. Ela reiterou a necessidade de provedores de saúde respeitarem as legislações locais, especialmente no que se refere à não discriminação com base em identidade de gênero. A procuradora afirmou que qualquer pessoa que procure assistência médica no estado deve ser atendida de acordo com as leis de igualdade e proteção contra discriminação.