Douglas Baptista, um homem de 72 anos, segue preso na Penitenciária de Tremembé II após ser condenado por homicídios triplamente qualificados de várias crianças. Os crimes ocorreram entre 1992 e 2003 na Baixada Santista, sendo que sua captura aconteceu em 2015, após ele confessar a morte de pelo menos oito crianças, afirmando sentir prazer ao ver suas vítimas se debatendo na água. O caso mais recente que o levou à condenação foi o homicídio de uma menina de 9 anos, em 2021, que resultou em uma pena de 30 anos de prisão.
Apesar da gravidade das acusações, questões jurídicas levantam a possibilidade de uma revisão na pena de Douglas devido à sua idade avançada. Especialistas afirmam que a legislação não favorece uma redução automática da pena com base na idade, a não ser que haja evidências de debilidade de saúde. No entanto, a defesa do preso poderia tentar solicitar a progressão de regime após o cumprimento de parte da pena, o que permitiria que ele fosse transferido para um regime menos rigoroso após cumprir 40% da pena. Aos 20 anos de prisão, ele também poderia pleitear a liberdade condicional.
O caso de Baptista chama atenção não só pela gravidade dos crimes, mas também pelos detalhes macabros do modus operandi, em que ele se aproximava das famílias das vítimas antes de cometer os homicídios. O impacto das investigações ainda ressoa na Baixada Santista, onde o medo e a insegurança marcaram os anos de sua ação criminosa. Até o momento, o processo judicial continua em andamento, e qualquer tentativa de liberdade antecipada dependerá da avaliação de sua condição física e do cumprimento de determinados requisitos legais.