A harmonização facial, procedimento estético popular, pode resultar em complicações graves quando feita com substâncias inadequadas. Um caso recente envolve o uso de PMMA, um material plástico não absorvível, que causou sérios danos em várias pessoas. O PMMA, autorizado apenas para uso em certos tratamentos médicos, foi aplicado indevidamente por profissionais sem qualificação, levando a inflamações crônicas e até danos aos órgãos. A situação tem gerado preocupações no Brasil, com o Conselho Federal de Medicina pedindo sua proibição.
Uma influenciadora digital, vítima do procedimento, passou por um sofrimento intenso após a aplicação do PMMA em sua face. Inicialmente, acreditava-se que o procedimento tinha sido feito com ácido hialurônico, substância comum nesse tipo de tratamento. No entanto, a gravidade da situação foi descoberta após intensas dores e inchaço, levando à remoção do produto, mas resultando em sequelas irreversíveis, como a perda do lábio superior e parte do queixo. A paciente foi submetida a cirurgias complexas para reconstrução facial, mas o processo de recuperação se estendeu por anos.
O caso gerou uma série de repercussões legais, com alguns profissionais sendo processados por danos corporais graves e exercício ilegal da medicina. Além disso, a Anvisa e o Conselho Federal de Odontologia têm alertado sobre os riscos do PMMA e recomendado a utilização de alternativas mais seguras. A situação reforça a necessidade de regulamentação rigorosa e conscientização sobre os riscos de procedimentos estéticos realizados sem a devida formação profissional e com substâncias não autorizadas para uso em tratamentos estéticos faciais.