Em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil confirmou o primeiro caso de covid-19, um homem de 61 anos que havia viajado para a Itália e foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O diagnóstico foi feito após uma análise cuidadosa das condições do paciente, que chegou com sintomas gripais típicos da doença, especialmente devido à origem na região italiana, onde a epidemia estava em ascensão. Na época, o Brasil já estava atento ao possível surgimento do vírus, e os médicos do Einstein estavam preparados para testar e identificar o SARS-CoV-2, usando uma metodologia recém-desenvolvida no próprio laboratório, baseada em protocolos científicos da Alemanha.
O Ministério da Saúde anunciou a confirmação do caso em coletiva no dia 26 de fevereiro, enquanto o Brasil vivia o carnaval, com grandes aglomerações nas principais cidades. Apesar da urgência da situação, as primeiras orientações sobre higiene e cuidados com a saúde não se mostraram suficientes para conter a propagação do vírus. A confirmação do primeiro caso no Brasil ocorreu em um contexto de crescente preocupação global, com o mundo já ciente da grave crise sanitária que se desenrolava na China, especialmente em Wuhan, desde dezembro de 2019.
O impacto da pandemia no Brasil se intensificou nas semanas seguintes, com os estados adotando medidas de distanciamento social. A resposta inicial do governo federal foi considerada lenta e desarticulada, o que contribuiu para o alastramento do vírus e resultou em mais de 700 mil mortes no país. A crise de gestão sanitária revelou uma instabilidade política que dificultou a coordenação eficiente das ações necessárias para o enfrentamento da pandemia, resultando em um cenário de grave insegurança pública e saúde.