Desde o golpe de setembro de 2021, Mamady Doumbouya tem liderado a Guiné, com um crescente culto de personalidade visível na capital, Conacri. Billboards e cartazes espalhados pela cidade fazem referência ao apoio popular à sua liderança, com imagens do general e mensagens que exaltam sua figura como símbolo de força e confiança. Essa propaganda visual, apesar de contrastar com os problemas urbanos, como o lixo nas ruas, reflete o esforço do governo em consolidar seu poder e estabelecer um vínculo com a população.
A presença de cartazes ao longo de avenidas importantes e em pontos estratégicos da cidade exibe slogans e imagens que associam a figura de Doumbouya a ideais de estabilidade e orgulho nacional. Algumas dessas imagens o mostram com líderes internacionais, como o presidente chinês Xi Jinping, sugerindo uma tentativa de fortalecer sua posição no cenário internacional. Além disso, mensagens enigmáticas, como “Seu silêncio é precioso, seus olhos tranquilizadores”, são usadas para reforçar a ideia de que o país está unido sob a sua liderança.
Apesar de ser visto por alguns como uma promessa de mudança, a administração de Doumbouya gera incertezas, com alguns temendo que ele não tenha a intenção de ceder o poder. A propaganda e a exaltação de sua imagem, combinadas com a ausência de uma transição democrática clara, alimentam essas preocupações. A situação da Guiné permanece, portanto, em um estado de vigilância, onde a estabilidade política parece depender de um regime militar com crescente influência interna e externa.