A guerra travada por Israel teve um impacto significativo no Líbano, forçando muitos libaneses a questionarem o futuro de uma das maiores forças do país, o Hezbollah. Durante o verão, Michael Safi estava em território libanês, onde o país estava à beira de um conflito direto entre Israel e o Hezbollah. Em outubro, as tropas israelenses invadiram o sul do Líbano, realizando uma série de ataques aéreos e assassinatos de líderes e comandantes importantes do grupo.
Em sua visita mais recente, em fevereiro, Safi percorreu vilarejos destruídos no sul do Líbano, onde os civis começaram a retornar para suas casas. Nesse contexto, a estratégia militar israelense pareceu ser não apenas de derrotar o Hezbollah, mas também de aprofundar a divisão social dentro do Líbano, procurando enfraquecer o apoio tradicional que o grupo recebe de algumas comunidades locais.
O impacto da guerra vai além da destruição física e se reflete no tecido social do país. A população libanesa, especialmente nas regiões mais afetadas, vive com o dilema de reconstruir suas vidas, ao mesmo tempo em que se vê forçada a reconsiderar a presença e o poder de uma das maiores organizações militares da região, que antes parecia incontestável.