Na segunda-feira, as bolsas de valores ao redor do mundo registraram queda após o anúncio de tarifas elevadas por parte dos Estados Unidos sobre a China (10%) e o Canadá (25%). Inicialmente, o México também seria alvo de taxas de 25%, mas uma mudança nas negociações com o país resultou em um recuo da medida. A situação gerou especulações sobre a possibilidade de a medida de Trump se estender a outros países, como Brasil e nações da União Europeia, o que poderia agravar a tensão comercial global e afetar a economia mundial em um momento de recuperação pós-pandemia.
A expectativa é que, caso essa guerra comercial se intensifique, aumentos de preços sejam sentidos em diversas economias, gerando impacto direto nos consumidores. Embora algumas indústrias possam se beneficiar com o aumento do protecionismo, o efeito colateral seria um aumento nos custos gerais, especialmente devido à redução da concorrência internacional. A teoria econômica e a experiência empírica demonstram que a globalização, com a diminuição de barreiras comerciais, é fundamental para o crescimento econômico e a redução da pobreza, tornando os bens mais acessíveis à população.
O temor é que, caso as tensões entre os países evoluam para uma guerra comercial em larga escala, o aumento de preços seja inevitável no curto prazo. O próprio governo dos EUA reconheceu esse risco ao implementar as tarifas. A situação exige uma resposta cuidadosa das partes envolvidas para evitar maiores danos à economia global e aos consumidores, que poderiam arcar com os efeitos da escalada do protecionismo.