A guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, com tarifas adicionais impostas a produtos chineses, traz reflexos para a economia mundial, incluindo o Brasil. A imposição de taxas de 10% a produtos da China, seguida pela reação do país asiático com tarifas sobre produtos americanos, cria um ambiente de incerteza e imprevisibilidade que afeta o comércio internacional. O Brasil, apesar de apresentar um déficit comercial com os EUA, pode ser impactado diretamente por essa guerra tarifária, com previsões de uma possível taxação de suas exportações, especialmente nos setores siderúrgico e agrícola, que são bem-sucedidos no mercado global.
Especialistas apontam que o impacto da guerra comercial pode desacelerar a economia mundial, reduzindo a demanda por exportações brasileiras. A falta de previsibilidade afeta o comércio global, prejudicando países que dependem da dinâmica de mercado internacional. Aumento de tarifas entre grandes potências pode diminuir os ganhos do comércio e da produção global, afetando negativamente as exportações brasileiras, que já enfrentam desafios no cenário global.
Além disso, as medidas protecionistas dos EUA podem gerar pressões inflacionárias no Brasil, com o aumento da cotação do dólar, impactando a política de juros do Banco Central. Essa situação pode resultar em um aumento das taxas de juros no Brasil, dificultando o acesso ao crédito. Frente a esse cenário, o Brasil deve buscar alternativas, como o fortalecimento de acordos comerciais com outros países, como a União Europeia e o México, para reduzir sua dependência do mercado americano e mitigar os impactos da guerra comercial.