A fila de pedidos de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cresceu 46,6% durante a greve de 114 dias do órgão, entre julho e novembro de 2024, resultando em quase 2 milhões de requerimentos pendentes até o fim de novembro. Apesar do aumento, o tempo de espera e o número de pedidos ainda são menores em comparação com o governo anterior, conforme dados atualizados. A greve e outros fatores, como a alta no número de requerimentos mensais e a greve dos médicos peritos, contribuíram para a dificuldade de atender a demanda crescente, com o tempo médio de concessão aumentando para 39 dias no final de novembro.
O INSS enfrenta desafios adicionais, como a paralisação de sistemas em 2024, que resultou no acúmulo de 1 milhão de processos, e a não aprovação do Orçamento de 2025, o que impede ações mais eficazes para reduzir a fila. Contudo, foram implementadas medidas para tentar controlar a situação, como a nomeação de novos servidores, a reformulação de ferramentas digitais e mutirões de atendimento. O número de pedidos de benefícios cresceu significativamente, saltando de 700 mil para 1,4 milhão por mês entre 2022 e 2024.
Além disso, o INSS tem realizado uma revisão de benefícios por incapacidade temporária, com mais de 680 mil perícias realizadas entre julho e dezembro de 2024, o que resultou na interrupção de mais de 350 mil benefícios. Essas revisões, embora visem corrigir inconsistências e otimizar os recursos, também aumentaram a pressão sobre os serviços do órgão. A situação continua a ser monitorada, e o processo de revisão seguirá em 2025, em um esforço para balancear a demanda com a capacidade de atendimento.