A greve dos rodoviários na Grande São Luís, Maranhão, entrou no segundo dia, com a frota de ônibus totalmente paralisada, afetando cerca de 700 mil pessoas que dependem do transporte público na região. O movimento grevista, liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão, exige melhores condições de trabalho e um reajuste salarial que acompanhe a inflação. Apesar de uma audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-16) para tentar resolver a situação, a reunião foi suspensa, sem avanços entre as partes envolvidas.
Durante a audiência, os representantes das empresas de transporte e do governo foram chamados para negociar, mas não houve um acordo, e a negociação foi adiada. O sindicato de rodoviários, liderado por Marcelo Brito, informou que o governo estadual precisará apresentar uma proposta para discussão com os empregadores. A expectativa é que novas conversas ocorram à tarde, para tentar encontrar uma solução para o impasse. Enquanto isso, o movimento mantém 100% da frota parada, desobedecendo uma decisão judicial que determinava a circulação de 80% dos ônibus, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia.
Em resposta aos impactos da greve, a Câmara Municipal de São Luís aprovou um projeto de lei que autoriza a contratação de novas empresas de ônibus e a implementação de subsídios para corridas por aplicativos durante a paralisação. O objetivo é minimizar os prejuízos para a população, com a prefeitura bancando os custos do subsídio até o fim da greve. Além disso, o contrato de transporte público vigente, firmado em 2016, será revogado, permitindo que novas empresas possam operar no sistema.