A greve dos rodoviários em São Luís entrou no seu segundo dia, causando grandes impactos na rotina de cerca de 700 mil pessoas. Com a ausência dos ônibus nas ruas, os cidadãos recorrem ao transporte alternativo, como vans e carrinhos-lotação, para se deslocar, o que resulta em lotação e aumento de custos. Muitos trabalhadores enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho, e o uso de transportes por aplicativos também tem sido uma solução mais cara. A situação afeta, ainda, as escolas, com um número reduzido de estudantes comparecendo às aulas, principalmente nas unidades públicas.
O comércio de São Luís também é prejudicado, com ruas principais como a Rua Grande registrando baixo movimento. Lojistas enfrentam perdas financeiras devido à falta de clientes, e alguns empresários, como o proprietário de uma loja no centro da cidade, têm arcado com custos extras, como o transporte de funcionários, para tentar manter o funcionamento de seus estabelecimentos. A situação se agrava para quem depende de transporte público e alternativo, que além de estar mais caro, tem uma oferta insuficiente.
A greve é motivada por exigências dos rodoviários por reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho, incluindo aumento no ticket alimentação e ajustes salariais significativos. A falta de acordo entre os sindicatos e as empresas de transporte resultou na paralisação, e, apesar de uma determinação judicial para que 80% da frota circulasse, os ônibus seguem parados. Uma audiência de conciliação entre as partes está marcada para buscar uma resolução do impasse.