A greve dos rodoviários que afeta o transporte público de São Luís e sua região metropolitana, iniciada na segunda-feira (17), chegou ao seu segundo dia nesta terça-feira (18). A paralisação, que impacta cerca de 700 mil pessoas, ocorre após a falha nas negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET). Apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) para garantir a circulação de 80% da frota, não houve cumprimento da medida, e uma audiência de conciliação foi marcada para a manhã desta terça.
A categoria de rodoviários exige reajustes salariais e melhorias nas condições de trabalho, incluindo aumento no valor do ticket alimentação, reajustes de 15% a 25% nos salários e a inclusão de dependentes no plano de saúde. As empresas de transporte, no entanto, alegam dificuldades financeiras e não apresentaram uma contraproposta. As negociações, que começaram em novembro de 2024, não avançaram nas diversas audiências realizadas no Tribunal Regional do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho.
Em meio à greve, a Prefeitura de São Luís encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que prevê a abertura de um novo processo de licitação para a contratação de novas empresas para o transporte público. O projeto também autoriza o pagamento de corridas por aplicativo aos usuários durante a paralisação, utilizando recursos do subsídio anual destinado às empresas de transporte. A implementação dessa medida depende da aprovação do projeto pela Câmara de Vereadores, com a expectativa de que o processo seja iniciado em breve, caso a proposta seja aprovada.