O novo presidente do Sindifisco Nacional, Dão Real, afirmou que os auditores da Receita Federal estão em uma situação desfavorável em comparação a outras categorias, destacando que a greve da categoria, iniciada em novembro de 2024, já dura 85 dias. Durante sua posse, ele reconheceu os esforços do secretário da Receita Federal e do ministro da Fazenda em buscar soluções, mas reiterou que a greve continuará até que as demandas por recomposição salarial e reestruturação de carreiras sejam atendidas. Real acredita que uma solução para a greve será apresentada em breve, mas as negociações com o Ministério da Gestão e Inovação estão paralisadas.
A greve impacta o comércio exterior e a logística no Brasil, resultando em cerca de 75.000 remessas de importação e exportação retidas em terminais alfandegários devido à operação-padrão dos auditores. A Frente Parlamentar Livre Mercado estima que os atrasos podem causar perdas bilionárias para empresas e consumidores, com prejuízos significativos já relatados pelo setor privado. Embora o Sindifisco tenha apontado o descumprimento de compromissos prévios pelo governo, o Ministério da Gestão e Inovação afirma que um acordo já foi fechado em fevereiro de 2024 e não há previsão para novas negociações.
Os atrasos na liberação de mercadorias impactam diretamente o custo final dos produtos, gerando um custo adicional de 2,1% por dia de atraso. Essa situação agrava a competitividade das empresas brasileiras no mercado internacional, refletindo a importância de uma rápida resolução para as reivindicações dos auditores fiscais. A continuidade da greve sem previsão de término, aliada à inação nas negociações, gera incertezas sobre o futuro da categoria e suas reivindicações.