O Greenpeace afirma que projetos de energia renovável apoiados por países europeus estão prejudicando a capacidade de nações como Marrocos e Egito de descarbonizar suas economias. De acordo com um relatório da organização, esses países estão extraindo energia renovável desses locais para “maquiar” suas próprias economias, enquanto os países do Norte da África ficam dependentes de combustíveis fósseis importados e arcam com os custos ambientais.
Marrocos e Egito buscam aproveitar sua localização estratégica ao sul do Mediterrâneo e o grande potencial de energia solar e eólica para se posicionar como aliados cruciais na diversificação da oferta energética da Europa. No entanto, o Greenpeace argumenta que essa dependência das exportações de energia renovável para a Europa compromete o desenvolvimento sustentável e impede que esses países usem plenamente suas capacidades energéticas para suas próprias necessidades.
Embora a intenção de diversificar o fornecimento de energia da Europa seja válida, a organização alerta que as implicações ambientais e econômicas para os países africanos podem ser prejudiciais. A exploração de recursos renováveis sem a implementação de benefícios diretos para as economias locais coloca em risco os esforços desses países para reduzir suas emissões de carbono e alcançar a sustentabilidade.