O presidente Lula tem responsabilizado os tributos e as empresas pela recente alta nos preços da gasolina e do diesel. Durante um evento no Rio de Janeiro, ele sugeriu que o governo poderia vender combustível diretamente aos grandes consumidores, sem intermediários, para tentar reduzir os preços. Embora o reajuste do ICMS tenha sido um dos fatores apontados, o aumento nos preços dos combustíveis ultrapassou a simples elevação do imposto, refletindo em um impacto direto na inflação e no custo dos alimentos.
Essa alta nos preços tem gerado insatisfação popular e prejudicado a popularidade do presidente, principalmente devido à preocupação com a inflação, que tem afetado a renda da população. O governo busca estratégias para recuperar apoio, focando na recuperação da base eleitoral e tentando aproximar-se do eleitorado de centro, com o fortalecimento de lideranças regionais. Uma das sugestões é retomar as Caravanas da Cidadania, que levam Lula ao interior do país, buscando reforçar o apoio das classes de menor renda.
Além disso, o governo está considerando dar mais visibilidade a figuras como o vice-presidente e a ministra do Planejamento, visando fortalecer a imagem de um governo plural e que ainda conta com a frente ampla que o elegeu. A expansão do crédito também é vista como uma medida estratégica para melhorar a avaliação do governo. Lula deve anunciar em breve medidas para facilitar o acesso ao crédito e melhorar a situação econômica da população.
