O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, decidiu reabrir a investigação sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, falecido em 1976. O caso, até então tratado como um acidente de trânsito, será reexaminado diante de novas evidências que questionam a versão oficial. A expectativa é que a Comissão aprove a reabertura da investigação em uma reunião agendada para esta sexta-feira (14).
A morte de Kubitschek ocorreu em 22 de agosto de 1976, após o veículo em que ele viajava colidir com uma carreta na Rodovia Presidente Dutra. Inicialmente, a investigação concluiu que a batida foi um acidente, o que foi reforçado por comissões como a Comissão Nacional da Verdade e uma comissão externa da Câmara dos Deputados. No entanto, novas investigações apontaram inconsistências, sugerindo a possibilidade de sabotagem no veículo, intoxicação ou até mesmo um disparo contra o motorista do ex-presidente.
Além disso, um laudo recente de um perito levantou dúvidas sobre a causa do acidente, sugerindo que a colisão não teria sido a única responsável pela tragédia. A possibilidade de um atentado político, motivado pela oposição de Kubitschek ao regime militar, nunca foi totalmente descartada. A reabertura da investigação busca esclarecer definitivamente os eventos que cercaram a morte do ex-presidente, considerando as novas evidências e as lacunas nas investigações anteriores.