O governo de Luiz Inácio Lula da Silva fechou 2024 com 574.930 servidores públicos ativos, um aumento de 0,53% em relação ao ano anterior. Este é o maior número desde 2021, marcando a continuidade de uma tendência de crescimento após dois anos de estagnação. O aumento se deve, em parte, à contratação de servidores aprovados no Enem dos Concursos, que ofereceu 6.640 vagas no setor público. Em 2023, o governo interrompeu uma sequência de cinco anos consecutivos de redução no número de servidores.
Os gastos com o funcionalismo público também tiveram alta, totalizando R$ 370,6 bilhões em 2024, o segundo aumento consecutivo após anos de contenção devido à pandemia de covid-19. O crescimento das despesas é reflexo do aumento no número de funcionários, com destaque para os ingressos nas áreas de saúde e educação. No entanto, o governo tem defendido que essa elevação não comprometerá a responsabilidade fiscal, mantendo a despesa com pessoal abaixo de 2,6% do PIB até 2026.
Em relação à reforma administrativa, o governo de Lula segue contrário à proposta da PEC 32, que visava alterar a estrutura do funcionalismo público. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, criticou a reforma por entender que ela prejudicaria os servidores. Ao invés de uma redução no número de funcionários, a atual administração aposta em concursos e reestruturação de carreiras para aumentar a eficiência do Estado, com foco em oferecer melhores serviços públicos à população.