O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, sugeriu que o governo avaliaria um possível aumento no valor do Bolsa Família devido à alta nos preços dos alimentos, o que gerou novas tensões dentro da administração. Em entrevista, Dias mencionou que a decisão seria tomada em diálogo com o presidente, com a possibilidade de ajustar ou complementar o benefício. No entanto, a Casa Civil rapidamente desautorizou a declaração, afirmando que não há estudos sobre o aumento do repasse e que o tema não está na agenda do governo.
Essa controvérsia gerou reações adversas no mercado financeiro, com o dólar subindo 0,52% e o Ibovespa registrando queda de 1,25%. A incerteza também se estendeu ao cenário político e econômico, com integrantes da equipe econômica minimizando as declarações de Dias e afirmando que não há espaço orçamentário para tal medida, além do risco de agravar o cenário inflacionário. O governo já destinou R$ 167,2 bilhões para o Bolsa Família neste ano, conforme o Projeto de Lei Orçamentária.
Além disso, a alta dos preços dos alimentos tem afetado a popularidade do presidente, com pesquisas indicando que a maioria dos brasileiros percebeu o aumento no custo da alimentação. Para conter a inflação, o governo também discutiu a possibilidade de reduzir tarifas de importação de alimentos, uma medida que recebeu críticas do setor agropecuário e gerou ceticismo entre especialistas. A situação continua a ser acompanhada de perto, especialmente considerando as reações do mercado e o impacto nas políticas públicas.