O governo federal se manifestou sobre o aumento de casos de malária na Terra Indígena Yanomami, conforme solicitado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. O Ministério da Saúde atribui a alta nos casos à ampliação da testagem para a doença, que resultou em um aumento de 73% na quantidade de exames realizados. Apesar do crescimento no número de casos, houve uma queda de 35% nas mortes por malária na região no primeiro semestre de 2024.
Além disso, o governo reportou uma redução de 27% no total de óbitos entre indígenas, destacando quedas nas mortes por desnutrição (-68%) e por infecções respiratórias (-53%). A gestão federal tem adotado medidas estruturadas para combater a negligência histórica e melhorar as condições de vida dos povos Yanomami, com ações como o combate ao garimpo ilegal, ampliação de profissionais de saúde e melhorias no abastecimento de água.
O STF concedeu um prazo de 10 dias para que o governo apresente as informações solicitadas, incluindo dados sobre a utilização de R$ 1,6 bilhão liberados para políticas voltadas aos povos indígenas. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) também solicitou informações sobre a gestão dos recursos, e o governo se comprometeu a garantir transparência nas ações e o cumprimento dos prazos estabelecidos.