O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alertou ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) sobre o prejuízo imediato de aproximadamente R$ 14 bilhões caso as obras da usina nuclear de Angra 3 sejam interrompidas. A decisão sobre a continuidade do empreendimento foi adiada, com a discussão sendo reagendada para a próxima reunião do CNPE. Se o projeto for abandonado, além do custo financeiro, haverá impactos na rescisão de contratos com fornecedores e na desmobilização das obras.
Silveira destacou que a interrupção das obras de Angra 3 também poderia afetar o funcionamento das usinas Angra 1 e 2, uma vez que a empresa responsável, a ENBPar, não possui recursos suficientes para manter as operações. A falta de decisão sobre a usina nuclear poderia comprometer o pagamento do combustível nuclear, o que tornaria inviável a continuidade das atividades dessas usinas, com possíveis riscos para a segurança energética do país.
Além disso, o estudo realizado pelo BNDES revelou que o custo para concluir as obras de Angra 3 é de R$ 23 bilhões, enquanto o custo para abandoná-las seria de R$ 21 bilhões, uma diferença quase equivalente. A possível desvalorização dos ativos do projeto também foi mencionada, com estimativas de uma perda de R$ 11 bilhões, reforçando a necessidade de uma decisão rápida para evitar maiores danos econômicos e operacionais para as empresas envolvidas e para a União.