A base aliada do governo federal tem pressionado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar maior atenção à segurança pública, um tema que, segundo deputados, não tem recebido a devida prioridade. Em meio ao aumento da atuação do crime organizado no país, a percepção é de que o governo carece de propostas claras e urgentes para a área. Esse desconforto ficou evidente em uma reunião entre o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e líderes partidários, onde o tema foi destacado, mas sem apresentar soluções concretas para as preocupações levantadas.
Na ocasião, Padilha mencionou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em elaboração sobre o tema, mas a falta de avanço nas negociações e a ausência de prazos para a divulgação do texto final geraram críticas. Como resposta, foi criado um grupo de trabalho para aprofundar as discussões sobre segurança pública, com a participação de deputados da base aliada. No entanto, alguns líderes expressaram surpresa pela segurança pública não ser tratada como uma prioridade central pelo governo, questionando a efetividade das ações do Executivo nesse sentido.
Além disso, a atuação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também foi alvo de cobranças. Parte da base aliada acredita que, embora Lewandowski conduza bem sua pasta, ele não tem dedicado esforços suficientes à segurança pública. Algumas correntes sugerem a criação de um ministério separado para a segurança, enquanto outros defendem mudanças no comando ministerial durante a próxima reforma. O debate continua, com a segurança pública se tornando um tema cada vez mais central nas discussões políticas do país.