O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, adotou medidas mais rígidas para incentivar a autodeportação de migrantes em situação irregular no país. O Departamento de Segurança Interna (DHS) anunciou que forçará os imigrantes ilegais a se registrarem, fornecendo dados pessoais e impressões digitais, sob pena de multa ou prisão caso descumpram essa exigência. A aplicação dessa medida é controversa, com especialistas apontando que não cria novas ferramentas de expulsão, mas pode gerar mais ônus para o sistema judiciário e aumentar a insegurança entre os migrantes, que podem ser impactados negativamente por esse processo.
A decisão de ressuscitar uma regra não aplicada desde a década de 1960 gerou críticas, especialmente por parte de defensores dos direitos civis, como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU). A medida, de acordo com especialistas, pode gerar um aumento nas deportações forçadas, mas também levanta preocupações sobre suas consequências de longo prazo, como proibições de reentrada que podem durar de três a 10 anos ou até por tempo indeterminado. Além disso, o governo está promovendo uma saída voluntária por meio de uma aplicação específica, o CBP One, que poderia dificultar a situação dos migrantes no futuro.
Por outro lado, a administração também vê vantagens financeiras na autodeportação, apontando que essa abordagem pode reduzir os custos para os contribuintes americanos e permitir a alocação de recursos em outras áreas. Em paralelo, o governo tem focado em atrair investimentos estrangeiros com a introdução de um novo tipo de green card, denominado “gold card”, destinado a investidores dispostos a pagar grandes quantias para obter residência nos Estados Unidos. Essas novas medidas fazem parte de uma agenda mais ampla de imigração que busca reduzir a presença de imigrantes ilegais e aumentar a influência econômica do país.