O governo de Donald Trump deu à cidade de Nova York um prazo até 21 de março para encerrar o programa de precificação de congestionamento, implementado no mês anterior. A medida visa reduzir o tráfego no distrito comercial central de Manhattan e arrecadar recursos para a renovação dos sistemas de transporte público, como metrôs e ônibus. No entanto, a Administração Federal de Rodovias (FHWA) retirou a aprovação federal previamente concedida para o programa, ação que foi criticada pela governadora do estado de Nova York e pela Metropolitan Transportation Authority (MTA), que entrou com uma ação judicial para bloquear a decisão.
O programa de precificação cobra dos motoristas valores diários para entrar na região de Manhattan ao sul da 60th Street, com taxas que variam de US$ 9 a US$ 21,60, dependendo do tipo de veículo e do horário. O sistema tem sido eficiente na arrecadação de recursos, com a MTA informando que em janeiro arrecadou US$ 48,6 milhões, enquanto os custos operacionais ficaram em US$ 11,1 milhões. A governadora Kathy Hochul defende que os fundos gerados pelo programa são essenciais para financiar melhorias no transporte público de Nova York, incluindo a emissão de dívida para investimentos em infraestrutura.
A medida de precificação de congestionamento é uma das várias adotadas por grandes cidades ao redor do mundo, como Londres, que implementou um sistema semelhante em 2003. O objetivo do programa é reduzir o tráfego intenso, que em Nova York chegou a reduzir a velocidade média para 11 km/h, 23% mais lento do que em 2010. A decisão do governo federal e as ações legais em andamento indicam um impasse político e jurídico sobre a continuidade do programa, com a MTA insistindo que a ordem não é legal e que a questão deve ser resolvida nos tribunais.