O governo estadual do Rio de Janeiro iniciou nesta segunda-feira (10) a Operação Chittagong, que resultou na interdição de um dos maiores estaleiros da região, acusado de realizar o desmanche ilegal de navios na Baía de Guanabara. A operação, conduzida por técnicos da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, além de agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e policiais ambientais, revelou atividades que provocavam contaminação do solo e poluição das águas, incluindo o lançamento de resíduos tóxicos na baía. A multa para o estaleiro pode chegar até R$ 50 milhões.
A ação foi motivada por denúncias que alertaram as autoridades sobre práticas ilegais no local, como o descomissionamento de embarcações sem a devida licença ambiental. Além de danos à Baía de Guanabara, foi identificado que os trabalhadores estavam expostos a riscos, devido ao manuseio inadequado de materiais tóxicos, como óleos e metais pesados, com o uso de maçaricos para cortar o aço das embarcações. Em um dos casos, manchas de óleo se estenderam por dezenas de metros nas águas da baía.
Este foi o segundo fechamento de estaleiro irregular em 2025, seguindo uma série de fiscalizações intensas do governo do estado para combater crimes ambientais relacionados a atividades de desmanche e descarte inadequado de resíduos. As autoridades têm enfatizado que a atuação desses estaleiros sem as permissões necessárias compromete a sustentabilidade ambiental e a saúde pública, e que medidas rigorosas de fiscalização continuarão a ser adotadas.