O secretário Francisco Gaetani, responsável pela transformação do Estado no ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, defendeu que os custos com a máquina pública não devem ser analisados apenas sob a perspectiva financeira, mas também considerando os benefícios gerados pelas entregas feitas pelo governo. Em entrevista ao Poder360, ele destacou que a redução no número de servidores nos últimos anos causou o enfraquecimento de várias instituições públicas e que a atual recomposição do funcionalismo é essencial para retomar as funções do Estado.
Gaetani também falou sobre os custos da administração pública, que atingiram R$ 62,5 bilhões em 2024, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior. Ele apontou que, apesar da percepção de que o Estado brasileiro é excessivamente inchado, os dados internacionais não corroboram essa ideia, afirmando que o tamanho do funcionalismo público no Brasil está dentro dos parâmetros de países emergentes e desenvolvidos. O secretário enfatizou que o governo está trabalhando para melhorar a eficiência, mas que sempre pode se fazer mais.
Quanto à reforma administrativa, Gaetani criticou a PEC 32, proposta em 2020, que visava reduzir a estabilidade do funcionalismo público. Para ele, a medida não resolveria os problemas da administração federal e não há necessidade de sua aprovação. Em vez disso, o governo tem focado em mudanças infralegais e no envio de novas propostas ao Congresso, como a criação de carreiras transversais, que visam melhorar o desenvolvimento das políticas públicas no Brasil.