O Governo de Mato Grosso decidiu rescindir o contrato com o consórcio responsável pelas obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, devido ao não cumprimento do prazo estabelecido para a conclusão das obras, inicialmente previsto para outubro do ano passado. O consórcio tem cinco dias para se justificar e apresentar sua defesa, mas a decisão de rescisão parece irreversível, segundo o governador. A previsão é que, após o período de chuvas, o processo para contratar uma nova empresa para dar continuidade às obras seja iniciado.
A medida foi tomada após várias críticas à execução dos projetos e sugestões de autoridades, como o presidente do Tribunal de Contas do Estado, que indicou a necessidade de uma nova empresa para concluir as obras. O consórcio responsável pela obra alegou que os atrasos foram causados por disputas políticas e problemas no projeto original, mas a Secretaria de Infraestrutura e Logística do estado destacou que a responsabilidade pelos atrasos recai sobre a empresa contratada, que foi notificada diversas vezes.
Essa decisão marca mais um capítulo no histórico de problemas relacionados à infraestrutura de transporte público em Cuiabá e Várzea Grande. Anteriormente, o estado havia iniciado o projeto de implantação do VLT, que também enfrentou atrasos e interrupções, com custos superiores a R$ 1 bilhão, antes de ser substituído pelo BRT. O governo espera que a nova contratação possa finalmente garantir a conclusão do modal de transporte.