O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, antecipou seu retorno a Brasília para discutir a possível imposição de uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros, proposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Alckmin, que se reuniu com sua equipe ministerial, ainda não divulgou quais medidas o Brasil tomará em resposta, adotando uma postura cautelosa que tem sido defendida também pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O governo brasileiro tem optado por dialogar com os EUA e aguardar medidas concretas antes de qualquer ação oficial.
O vice-presidente destacou a relação comercial equilibrada entre Brasil e Estados Unidos, ressaltando que ambos os países se beneficiam do comércio e que, no passado, quando tarifas foram anunciadas, o Brasil conseguiu negociar cotas para mitigar os impactos. A possível taxação de aço e alumínio pode prejudicar significativamente as exportações brasileiras, já que o país é um dos maiores fornecedores desses produtos para os EUA. O Brasil ocupa o segundo lugar entre os maiores exportadores de aço para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá.
O governo brasileiro está alinhando uma resposta à taxação, com a equipe econômica coordenando as estratégias junto a outros ministérios, como o de Relações Exteriores. Alckmin afirmou que o Brasil continuará buscando um caminho diplomático, evitando retaliações precipitadas e tentando minimizar os impactos negativos sobre as exportações. A expectativa é de que, caso a taxação seja confirmada, o Brasil adote medidas estruturadas de resposta, alinhadas com os interesses estratégicos do país e mantendo o equilíbrio nas relações bilaterais com os EUA.