O governo brasileiro está acompanhando de perto as consequências da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, com o objetivo de definir possíveis respostas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tais medidas prejudicam a dinâmica do comércio internacional e podem ter impactos negativos para os EUA e seus parceiros. O Brasil, por ora, evita ações de retaliação direta, adotando uma postura cautelosa e buscando alternativas por meio do diálogo.
A estratégia brasileira é aguardar as reações de outros países afetados, como México, Canadá e China, antes de tomar qualquer medida de reciprocidade. Embora a decisão de Trump possa prejudicar a siderurgia brasileira, que exporta uma significativa quantidade de aço para os Estados Unidos, o governo não descarta medidas para proteger a indústria nacional, sem prejudicar as relações comerciais bilaterais. Segundo dados do Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil foi o segundo maior exportador de aço para o mercado norte-americano em 2024.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também defendeu cautela, lembrando que, em mandatos anteriores, foram estabelecidas cotas para evitar a aplicação de tarifas. O governo brasileiro continua a priorizar negociações que busquem proteger a competitividade da indústria nacional e evitar medidas precipitadas, enquanto acompanha a evolução do cenário internacional e a resposta dos demais países afetados.