O governo brasileiro acompanha com atenção as recentes medidas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos, que impõem tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a decisão, apontando que essas ações prejudicam o comércio internacional e podem afetar negativamente tanto os EUA quanto seus parceiros comerciais. Ele afirmou que o Brasil buscará dialogar para mitigar os impactos econômicos, evitando ações precipitadas contra os EUA, e observará as reações de outros países afetados, como México, Canadá e China.
O impacto no Brasil pode ser significativo, pois o país é um dos principais fornecedores de aço para o mercado norte-americano. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior exportador de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá. A decisão de Trump, que foi anunciada em 10 de fevereiro, pode afetar até 18% das exportações brasileiras de ferro e aço. Apesar disso, o governo brasileiro se compromete a analisar as medidas cuidadosamente e buscar alternativas através do diálogo, com o intuito de proteger a competitividade da indústria nacional sem prejudicar as relações comerciais com os EUA.
Em linha com essa abordagem, o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou a cautela e a prudência, lembrando que, durante o primeiro mandato de Trump, um cenário semelhante foi resolvido com a definição de cotas. O governo brasileiro prefere esperar por ações mais concretas antes de tomar qualquer decisão. O objetivo é evitar uma resposta apressada e garantir uma solução que favoreça o comércio bilateral, preservando a colaboração entre os dois países.