O governo brasileiro e a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) estão considerando reabrir a investigação sobre a morte do ex-presidente, que ocorreu em 1976. Oficialmente tratado como acidente de trânsito, o caso sempre gerou controvérsias, especialmente durante a ditadura militar. A CEMDP fará uma audiência pública sobre o caso na quinta-feira (13) e, no dia seguinte, discutirá a possibilidade de reconhecer outros casos de pessoas mortas ou desaparecidas durante o período militar.
O acidente ocorreu em 22 de agosto de 1976, quando o ex-presidente e seu motorista, em um veículo que viajava pela Via Dutra, colidiram com uma carreta após o carro perder o controle. As investigações da época concluíram que o veículo havia sido atingido por um ônibus antes de colidir, mas novas evidências sugerem a possibilidade de sabotagem ou até mesmo de um atentado político, o que levanta dúvidas sobre a versão oficial do acidente.
As novas investigações e os depoimentos recentes, como o do motorista do ônibus envolvido, indicam que houve irregularidades nas apurações iniciais, incluindo possíveis subornos e falta de exames cruciais, como os toxicológicos. A reanálise do caso ocorre em um contexto em que a CEMDP pode aprovar o reconhecimento de novos pedidos de investigação sobre mortes e desaparecimentos ocorridos durante o regime militar.