O governo federal e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) estão avaliando a reabertura do caso sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Em uma reunião agendada para sexta-feira (14/2) em Recife (PE), a comissão decidirá sobre a possibilidade de reanalisar as circunstâncias do acidente que vitimou Kubitschek em 1976. A decisão foi influenciada pela avaliação de que, apesar de um inquérito anterior do Ministério Público Federal (MPF) ter descartado a hipótese de uma colisão como única causa, ainda existem muitas incertezas sobre o ocorrido.
Em 2021, o MPF concluiu que não era possível afirmar com certeza as causas do acidente que matou o ex-presidente. O relatório levantou suspeitas sobre a possibilidade de sabotagem do veículo ou de problemas médicos com o motorista, mas sem elementos suficientes para comprovar tais hipóteses. A controvérsia gira em torno da perda de controle do carro, que resultou em uma colisão fatal na rodovia Dutra, entre o Opala de Kubitschek e um caminhão de carga.
O caso voltou à tona com o pedido de reabertura da investigação feito por figuras políticas, como o ex-vereador Gilberto Natalini, que argumentaram que o inquérito não chegou a uma conclusão definitiva sobre as causas do acidente. A pressão para retomar as investigações encontra apoio dentro da CEMDP, mas a reabertura do caso será um processo longo, como ressaltado por autoridades do Ministério dos Direitos Humanos.