O governo argentino anunciou o início do processo de privatização da Corredores Viales S.A., empresa responsável pela gestão de cerca de 6.000 quilômetros de rodovias no país. Dados oficiais apontam que aproximadamente 45% da malha viária sob administração da empresa não recebe manutenção adequada. A privatização ocorrerá por meio de concessão de obras públicas, com cobrança de pedágio, onde as empresas concessionárias deverão realizar as obras necessárias para poder cobrar o tráfego nas estradas.
A medida de privatização foi aprovada pelo Congresso argentino no ano passado, juntamente com a privatização de outras estatais, incluindo empresas de saneamento, aeroportos e gás natural. O governo também anunciou o programa “burocracia zero”, que exige que o setor público liste, em até 30 dias, medidas que possam ser revogadas por dificultar a atividade econômica. Essas ações fazem parte de um conjunto de reformas que visam aumentar a eficiência econômica do país, que enfrentou alta inflação no ano passado.
Recentemente, o governo concluiu sua primeira privatização com a venda de 85% das ações da metalúrgica Impsa para uma empresa americana, por US$ 27 milhões. As reformas econômicas acontecem em um ano eleitoral, com as eleições legislativas previstas para outubro, quando parte do Congresso será renovada. A inflação mensal do país foi de 2,2% em janeiro, após um índice de 25,5% em dezembro de 2023, quando o atual presidente assumiu o cargo.