O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) atende atualmente cerca de 40 milhões de alunos em 150 mil escolas públicas do Brasil, oferecendo 10 bilhões de refeições anualmente. Em um esforço para promover uma alimentação mais saudável, o governo anunciou uma redução progressiva no percentual de alimentos ultraprocessados nas merendas escolares, que cairá de 20% para 10% até 2026. Além disso, o programa reforçará o apoio à agricultura familiar, destinando 30% dos recursos à compra de alimentos de pequenos produtores, priorizando comunidades específicas, como indígenas e quilombolas.
Em meio ao aumento da obesidade infantil no país, com 14,2% das crianças menores de cinco anos apresentando excesso de peso, o governo busca estimular hábitos alimentares saudáveis. Para apoiar essas mudanças, foi lançado o Projeto Alimentação Nota 10, que visa capacitar mais de 4.500 merendeiras e nutricionistas sobre segurança alimentar e boas práticas. O governo também anunciou um reajuste no repasse para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), elevando o valor por aluno de R$ 0,41 para R$ 0,50.
Além das modificações internas, o Brasil tem se destacado no cenário internacional, com o país assumindo a copresidência da Coalizão Global para a Alimentação Escolar e sediando a 2ª Cúpula Global sobre o tema em 2025. Criado há mais de 60 anos, o PNAE é uma política de abrangência nacional, com o objetivo de garantir alimentação de qualidade a todos os estudantes da rede pública, refletindo o compromisso do país com a segurança alimentar e a melhoria do desempenho escolar.