O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 12, investimentos de R$ 112,9 bilhões para o desenvolvimento da indústria de defesa no Brasil. Deste total, R$ 79,8 bilhões são de recursos públicos, enquanto R$ 33,1 bilhões vêm de investimentos privados. Os fundos serão destinados à Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB), focada em tecnologias estratégicas para a defesa nacional e soberania. A cerimônia de divulgação contou com a presença do presidente e do vice-presidente, além de representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Entre os investimentos públicos, destacam-se R$ 31,4 bilhões do PAC Defesa para projetos como o caça Gripen, aviões cargueiros KC-390, viaturas blindadas e submarinos. A Finep também contribui com projetos estratégicos, como o reator multipropósito brasileiro e o foguete para veículos hipersônicos. O BNDES e o Banco do Brasil também têm papel crucial, com mais de R$ 23,75 bilhões voltados para a exportação de produtos do setor, e uma projeção de mais R$ 20 bilhões até 2026.
Os investimentos privados estão distribuídos entre os setores aeroespacial e defesa, nuclear e segurança, com R$ 23,7 bilhões, R$ 8,6 bilhões e R$ 787 milhões, respectivamente. A prioridade da Missão 6 é fortalecer as cadeias de satélites, veículos lançadores e radares. O objetivo é alcançar 55% de domínio das tecnologias críticas até 2026, com previsão de 75% até 2033, avançando significativamente no desenvolvimento de tecnologias de defesa no Brasil. O total de investimentos públicos e privados no setor é de R$ 3,4 trilhões, com R$ 1,1 trilhão de recursos públicos e R$ 2,24 trilhões do setor produtivo.