A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou a necessidade de revisar as regras e procedimentos de atendimento nas Casas da Mulher Brasileira e outros serviços especializados, visando melhorar a proteção e o acolhimento às mulheres vítimas de violência. Em março, a ONU Mulheres iniciará uma avaliação dessas práticas, começando pelas dez Casas existentes no Brasil. A ministra também mencionou que falhas no atendimento prestado a uma vítima de feminicídio em Campo Grande, especialmente nas delegacias e Casas da Mulher, motivaram discussões sobre a efetividade do sistema de proteção.
O caso de uma jornalista morta por seu ex-companheiro gerou indignação no país, evidenciando falhas no atendimento às vítimas. A ministra ressaltou que a vítima havia sido atendida na Casa da Mulher Brasileira e na Delegacia Especializada, mas a resposta institucional não seguiu os protocolos estabelecidos pela Lei Maria da Penha. Ela alertou que é essencial que as autoridades revisem os processos de atendimento, considerando que falhas no acompanhamento das denúncias podem ter contribuído para o desfecho trágico.
Como resposta ao ocorrido, o governo estadual e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul anunciaram medidas para reforçar o sistema de proteção às mulheres, como a criação de uma nova vara judicial e programas de capacitação para profissionais que atendem mulheres em situação de violência. O Ministério das Mulheres também introduziu novas medidas, como a implementação de um sistema nacional de dados e mudanças na gestão das Casas da Mulher Brasileira, buscando garantir um atendimento mais eficaz e integrado.