O Ministério Público Federal (MPF) arquivou as denúncias contra o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, após declarações feitas por ele sobre a cidade de Pomerode, no Vale do Itajaí. Mello havia afirmado que a cidade se destacava, entre outras características, pela cor da pele de seus habitantes. Pomerode, que tem uma população majoritariamente branca, com 80,4% de seus moradores pertencentes a essa etnia, gerou polêmica com o comentário que ocorreu durante a abertura de uma festa que celebra as tradições germânicas locais.
Após a repercussão, diversos órgãos, incluindo o Partido dos Trabalhadores (PT) e a ONG Olho Vivo, solicitaram investigações sobre as palavras do governador, tanto ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) quanto ao Ministério dos Direitos Humanos. O MPF, no entanto, decidiu arquivar o caso, em um despacho datado de 5 de fevereiro, o que gerou novas reações nas redes sociais por parte de Mello. Ele defendeu que suas palavras haviam sido mal interpretadas e reagiu às acusações de racismo.
A situação gerou debates sobre a representatividade racial na região e sobre a importância das falas de figuras públicas em contextos sensíveis. O governador, por sua vez, usou as redes sociais para afirmar que estava sendo alvo de críticas injustas e classificou os ataques como um reflexo de inveja. A repercussão do caso demonstra a complexidade das discussões sobre diversidade e respeito nas esferas políticas e sociais.