O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou sua posição sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante um evento em Mogi das Cruzes (SP), ele classificou a acusação como uma “forçação de barra” e um ato de revanchismo. Segundo Tarcísio, não há conexão evidente entre as evidências apresentadas e as acusações, destacando sua preocupação com a tentativa de responsabilizar pessoas que, em sua visão, não teriam relação com os fatos investigados.
Ex-ministro da Infraestrutura na gestão anterior, Tarcísio afirmou que o ex-presidente nunca esteve envolvido em movimentos antidemocráticos. Ele alertou para o risco de criar precedentes jurídicos que possam atingir indivíduos sem comprovação de envolvimento direto. Essa foi a primeira vez que o governador se manifestou publicamente sobre o assunto fora das redes sociais, reforçando sua crítica à condução do processo.
A denúncia da PGR inclui acusações como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e participação em organização criminosa, crimes que podem resultar em penas de até 43 anos de prisão. Além disso, há a possibilidade de um novo período de inelegibilidade, superior aos oito anos já estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O caso segue em análise e gera reações divergentes no cenário político.