O Google Maps alterou o nome do Golfo do México para “Golfo da América” para usuários de vários países, uma mudança vinculada a um decreto do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O novo nome foi comemorado por Trump em suas redes sociais, e a alteração entrou em vigor globalmente, exceto no México, onde o nome original foi mantido. Para os demais países, ambos os nomes passaram a ser exibidos simultaneamente, refletindo uma abordagem similar adotada em outras disputas territoriais relacionadas à nomenclatura, como o caso do Mar do Japão.
A decisão de modificar o nome do golfo é uma promessa de campanha de Trump, que justificou a mudança com uma argumentação de que o nome refletia a disparidade econômica entre os Estados Unidos e o México. A medida gerou reações, incluindo uma carta da presidente do México, Claudia Sheinbaum, ao CEO do Google, Sundar Pichai, na qual ela solicitou que o nome não fosse alterado. A presidente argumentou que o nome histórico do Golfo do México está amplamente documentado desde o século 17 e que os Estados Unidos não possuem a autoridade legal para mudar o nome da região.
Antes da oficialização da alteração, Trump decretou que o 9 de fevereiro seria reconhecido como o “Dia do Golfo da América”, formalizando o novo nome. A controvérsia sobre a mudança se reflete em um contexto mais amplo de disputas políticas e territoriais envolvendo os Estados Unidos, com o golfo sendo apenas um exemplo das tensões sobre a denominação de territórios internacionais.