Nos últimos meses, o Google tem implementado uma série de mudanças em seus produtos, aparentemente em resposta às políticas do governo de Donald Trump. A empresa, que já havia doado US$ 1 milhão para a inauguração de Trump em 2025 e modificado suas políticas internas de diversidade, agora faz ajustes visíveis em ferramentas como Google Maps, Google Calendar e Google Search. Entre as modificações, destaca-se a alteração no nome do Golfo do México para “Golfo da América” nos mapas da empresa, uma ação que segue uma ordem executiva de Trump para renomear regiões geográficas, com exceção dos usuários no México, que continuam vendo o nome original.
Além disso, o Google fez ajustes em seu calendário, removendo algumas datas comemorativas, como o Mês do Orgulho, o Mês da História Negra, o Mês dos Povos Indígenas e o Mês da Herança Hispânica. Embora a empresa tenha justificado as mudanças como uma tentativa de tornar a manutenção de eventos culturais mais sustentável, muitos usuários questionaram a verdadeira motivação por trás da decisão. Essas modificações geraram críticas, especialmente de aqueles que veem as ações como uma tentativa de agradar ao governo Trump.
Por fim, outra alteração notada foi a remoção da sugestão de autocompletar “impeach Trump” nas pesquisas do Google, o que levantou preocupações sobre censura e imparcialidade. A empresa explicou que a mudança foi feita para evitar sugestões que pudessem ser interpretadas como posições políticas, mas a remoção de outras sugestões, como “impeach Biden”, também gerou discussões. Embora os resultados das pesquisas não tenham sido alterados, essas mudanças refletem um alinhamento mais estreito com as políticas do governo atual.