Em janeiro, Hartmut Neven, vice-presidente de engenharia do Google, afirmou que o chip quântico Willow, lançado pela empresa no ano anterior, trouxe evidências de que universos paralelos poderiam existir. Segundo Neven, o desempenho do chip em resolver um problema complexo em menos de cinco minutos sugere que a computação quântica pode ocorrer em múltiplos universos. Essa afirmação gerou reações diversas no meio acadêmico, com apoio de figuras como David Deutsch, físico da Universidade de Oxford, que vê a computação quântica como uma possível prova para a teoria do multiverso. Por outro lado, críticos como o astrofísico Ethan Siegel argumentam que tal interpretação é errônea, apontando que a mecânica quântica não necessita de universos paralelos para ser validada.
O chip Willow, desenvolvido pelo Google, promete ser um avanço significativo na computação quântica. A empresa anunciou que o chip pode realizar cálculos com uma capacidade impressionante de 10 septilhões, sendo capaz de resolver questões complexas em áreas como simulações científicas, mudanças climáticas, e até mesmo na medicina personalizada, com a análise do genoma humano em minutos. O chip foi fabricado em Santa Bárbara, em uma das poucas unidades especializadas para esse tipo de tecnologia, o que sublinha a exclusividade e o potencial do novo dispositivo.
O debate sobre os universos paralelos ganha destaque, especialmente no contexto da física quântica, uma área ainda em expansão e cheia de incertezas experimentais. Figuras renomadas, como Michio Kaku, destacam a legitimidade da pesquisa sobre o multiverso, embora ainda sem confirmação empírica. Em um cenário mais amplo, o chip Willow reflete os avanços que a computação quântica pode trazer, não só para a ciência, mas também para desafios globais, como mudanças climáticas e exploração espacial, enquanto permanece em meio ao debate sobre suas implicações teóricas.