Um homem de 27 anos, acusado de participação em um assalto a uma joalheria na cidade de Tianguá, no Ceará, foi inocentado após a análise de dados digitais comprovar que ele estava a 1.600 quilômetros de distância no dia do crime. A Defensoria Pública do Ceará tomou a frente do caso depois que a família do acusado procurou o órgão, apresentando capturas de tela de um celular que indicavam sua presença na cidade de Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, no dia do assalto. No entanto, para garantir a veracidade da informação, a Defensoria optou por um método mais confiável: a coleta de dados digitais.
Utilizando a ferramenta Google Takeout, que permite o download de informações armazenadas pelos usuários, a Defensoria obteve um laudo técnico detalhado. O laudo revelou que o homem esteve em um comércio na Bahia em diversas ocasiões, incluindo nos dias 5 e 8 de agosto de 2023. Além disso, fotos publicadas nas redes sociais também corroboraram sua presença na cidade baiana. Os dados demonstraram que ele só deixou a Bahia no dia 14 de agosto, retornando ao Ceará somente no dia 15.
Com esses dados concretos, a Defensoria solicitou à Justiça a revogação do mandado de prisão e a retirada das acusações. A ação técnica, realizada com a ajuda de especialistas, foi fundamental para provar a inocência do acusado. Esse caso destaca a importância de uma Defensoria bem estruturada, capaz de utilizar tecnologia para garantir que a justiça seja feita, especialmente quando a pessoa envolvida não tem condições de se defender por conta própria.