Goiás enfrenta um período de chuvas intensas, com aumento da umidade e clima quente, o que favorece a proliferação de vetores e o surgimento de doenças. Durante os meses de janeiro a maio, o risco de enchentes e formação de lama é elevado, o que pode resultar na contaminação de alimentos e água. Entre as doenças mais comuns nesse período estão tétano, hepatite A, diarreia, leptospirose, febre amarela, dengue, chikungunya e zika, sendo importante o acompanhamento das autoridades de saúde.
A médica infectologista do Hospital Estadual do Centro-Norte (HCN), em Uruaçu, destaca o aumento de casos de febre amarela em estados com maior incidência de chuvas. Ela alerta que a doença é prevenível por vacina, assim como outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e zika. A população rural tem um risco maior de contrair essas zoonoses, mas a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção.
Além dos cuidados com os mosquitos, a população deve redobrar a atenção com a água e os alimentos. A água das enchentes pode contaminar o sistema de abastecimento e facilitar a transmissão de doenças como leptospirose, tétano e hepatite A. A orientação é evitar o consumo de alimentos que entraram em contato com água de alagamento e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas como diarreia, febre e dor abdominal. As autoridades reforçam que a vacinação em dia é essencial para a prevenção de muitas dessas doenças.