A equipe econômica do governo federal avalia que a escolha de Gleisi Hoffmann para ser a ministra responsável pela articulação política do governo reforça a estratégia de Lula de consolidar uma postura mais firme nas questões orçamentárias e políticas. Gleisi é vista como uma política de linha-dura, com forte capacidade de gerenciar as demandas de deputados e senadores, o que pode impactar a expansão de gastos com emendas parlamentares. Apesar de suas críticas anteriores à política econômica do Ministério da Fazenda, fontes próximas ao governo acreditam que sua postura será mais alinhada às diretrizes do presidente, especialmente em relação à política fiscal.
Gleisi, que sempre foi reconhecida por sua disciplina e ética pública, tem o apoio da equipe econômica, que considera sua capacidade de seguir a orientação do governo sem desviar de seus compromissos políticos. De acordo com essas fontes, ela vestirá a camisa do governo e buscará implementar as orientações do presidente, principalmente em termos de equilíbrio fiscal. A expectativa é de que Gleisi se concentre em não permitir a expansão de gastos sem um controle adequado, atendendo às necessidades da base política, mas sempre respeitando os limites fiscais acordados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua confiança em Gleisi, destacando suas qualidades para liderar a articulação política, mesmo com sua imagem associada a uma postura radical em relação ao PT. Lula afirmou que, para ser presidente do PT, ela precisava adotar essa postura. As fontes indicam que qualquer possível discordância de Gleisi em relação à política econômica será motivada pelas diretrizes estabelecidas por Lula, reforçando a ideia de que o ajuste fiscal será uma prioridade do governo, sem mudanças significativas em relação ao que foi acordado com a Fazenda.