A recente nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo Lula gerou reações intensas, principalmente entre os opositores do governo. Críticas destacam que a escolha da ex-ministra, conhecida por sua postura firme, pode dificultar ainda mais as articulações políticas e aumentar a tensão com o Congresso. Muitos lembram que uma situação semelhante ocorreu em 2011, quando a então presidente Dilma Rousseff também indicou Gleisi para um cargo estratégico, o que resultou em isolamento político e enfraquecimento de sua base aliada.
Deputados da oposição se mostraram preocupados com a possibilidade de o governo enfrentar mais dificuldades para aprovar suas pautas. A deputada Silvia Waiãpi e o deputado Sanderson, por exemplo, afirmaram que a escolha de Gleisi pode repetir os erros do passado, levando a um afastamento ainda maior do Congresso e ao agravamento das tensões internas. Além disso, a deputada Rodolfo Nogueira e outros membros da bancada do agronegócio manifestaram desconfiança quanto ao perfil de Gleisi para a articulação política, citando a experiência negativa em governos anteriores.
Por outro lado, alguns aliados de Lula, como o presidente da Câmara, Hugo Motta, expressaram apoio à nomeação, ressaltando a boa relação com Gleisi e desejando sucesso em sua nova função. A nomeação também gerou reações no mercado financeiro, com a cotação do dólar chegando perto de R$ 5,90 após o anúncio, refletindo a inquietação dos investidores sobre as implicações dessa mudança no governo.