O candidato à Presidência do Senado, Eduardo Girão, se posicionou favorável ao fim das emendas parlamentares, em discurso realizado no Plenário do Senado. Segundo Girão, a prática de congressistas gerirem o orçamento é um desvio de função, uma vez que a função constitucional do Congresso é fiscalizar o Executivo e criar leis, e não administrar verbas. Ele criticou a troca de favores com a utilização de recursos públicos, considerando-a uma concorrência desigual.
Além de sua proposta sobre as emendas parlamentares, Girão também expressou críticas ao atual cenário do Senado, mencionando que, caso eleito, buscará implementar maior transparência na gestão orçamentária, disponibilizando informações sobre as verbas no site da Casa. Ele também reforçou a necessidade de mudanças em outras áreas, como o fim do foro privilegiado, a aprovação de uma PEC antidrogas, a volta da prisão em segunda instância e a abertura de um processo de impeachment contra o presidente da República.
Girão aproveitou a oportunidade para fazer críticas ao seu principal adversário na eleição, Davi Alcolumbre, a quem classificou como símbolo de um mau continuísmo no Senado. O candidato ainda defendeu que as eleições legislativas no Senado sejam realizadas com voto aberto, uma vez que, atualmente, o voto é secreto e realizado por meio de cédulas.
