O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou as alegações de suspeição e impedimento de magistrados da Corte para julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionada à tentativa de golpe de Estado. Mendes afirmou que não há razão para questionar a imparcialidade dos ministros, destacando a importância de um colegiado eficiente e a necessidade de não criar obstáculos desnecessários ao processo. Ele também enfatizou que, apesar das críticas, os ministros possuem a capacidade de separar questões pessoais de suas funções judiciais.
A defesa de diversos denunciados, incluindo figuras políticas, solicitou o impedimento de ministros como o relator do caso, alegando conflitos de interesse relacionados a investigações anteriores. Entre as justificativas apresentadas, mencionou-se a ligação de certos ministros com investigações passadas envolvendo acusações de agressões contra figuras políticas e a alegada conexão com planos de atentados. A defesa também pediu mais tempo para responder à denúncia, o que gerou novos questionamentos sobre o andamento do processo.
A denúncia inclui acusações graves, como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A tentativa de golpe envolve danos significativos ao patrimônio da União e a deterioração de patrimônio tombado. Apesar das tensões em torno do julgamento e das solicitações de adiamento ou impedimento, Gilmar Mendes reiterou que o caso deve seguir seu curso normal, sem interferências que possam prejudicar a sua condução.