A geração Z enfrenta um desafio crescente no mercado de trabalho, onde os gestores demonstram uma preferência por investir em inteligência artificial (IA) em vez de contratar recém-formados. Um estudo da Hult International Business School revela que 37% dos gestores preferem soluções de IA, o que se reflete em uma grande dificuldade para os jovens profissionais ingressarem no mercado. Além disso, 89% dos líderes de recursos humanos optam por evitar a contratação de novos graduados devido à falta de experiência prática, o que impacta diretamente as oportunidades para esses profissionais.
Apesar das críticas à geração Z, especialmente em relação à sua falta de resiliência e habilidade para lidar com feedback, ela ainda apresenta características valiosas, como fluência digital e conforto com ambientes híbridos. A geração também é impulsionada por valores como sustentabilidade e justiça social, alinhando-se aos objetivos das empresas de responsabilidade social corporativa. Contudo, as expectativas em relação à adaptação desses profissionais são altas, e muitos enfrentam dificuldades para se ajustar ao mundo corporativo, tanto nas habilidades técnicas quanto no desenvolvimento de uma comunicação eficaz no ambiente de trabalho.
Porém, a adaptação não é uma tarefa impossível. O estudo sugere que um dos maiores obstáculos para a geração Z é a comunicação interpessoal, principalmente devido ao impacto da internet e do isolamento social da pandemia. A falta de conversas presenciais com profissionais mais experientes pode limitar o aprendizado, mas uma maior interação entre as gerações, especialmente por meio de diálogos, pode ser a chave para quebrar estereótipos e promover a evolução dessa geração no mercado de trabalho. A construção de uma cultura organizacional sólida, com mais oportunidades de mentoria e troca de experiências, é essencial para reduzir a lacuna entre as expectativas dos empregadores e as competências da geração Z.