Saaed Salem, um residente de Gaza, observa com tristeza os escombros de sua vizinhança no norte da região, após mais de 15 meses de conflito. Em um dia frio de fevereiro, ele se encontra cercado por seus netos e destroços, refletindo sobre a perda do passado e a incerteza quanto ao futuro. Sua família já havia sido deslocada anteriormente, em 1948, durante a guerra árabe-israelense, quando fugiram do vilarejo de Hirbiya, atualmente localizado no território de Israel, em meio a ataques e relatos de atrocidades.
Após mais de um ano de enfrentamentos violentos, a população de Gaza continua a rejeitar os planos de reassentamento propostos pela administração de Donald Trump. Embora as propostas visem trazer uma solução para o longo período de instabilidade e destruição, a maioria dos habitantes de Gaza considera essas medidas ineficazes e prejudiciais, pois não abordam as raízes do conflito nem garantem a proteção dos direitos dos palestinos. A resistência a esses planos reflete a frustração crescente com a falta de soluções duradouras e justas.
Em meio a esse contexto de insegurança, os gazanos seguem buscando alternativas para reconstruir suas vidas e comunidades, embora o cenário permaneça repleto de desafios. As feridas abertas pelo conflito continuam a influenciar as decisões políticas e sociais, e a população local permanece cética quanto à possibilidade de um futuro pacífico sob as propostas externas. A continuidade da crise humanitária e a ausência de diálogo direto entre as partes envolvidas deixam em aberto a possibilidade de mais enfrentamentos no futuro.