A máquina pública federal brasileira teve um custo de R$ 62,5 bilhões em 2024, o que representa um aumento real de 3,1% em comparação com o ano anterior. Esse aumento foi impulsionado por despesas com serviços terceirizados, combustíveis, diárias, passagens e aluguéis. O valor registrado em 2024 é o maior desde 2019, embora ainda abaixo do pico de 2016, quando os custos atingiram R$ 74,6 bilhões. O crescimento também reflete um aumento nos gastos com diárias e passagens, que somaram R$ 3,58 bilhões no ano passado.
Os gastos com funcionários públicos da União também registraram alta, totalizando R$ 370,6 bilhões em 2024, o maior valor desde 2021. O governo observou um aumento de 0,53% no número de funcionários, alcançando 574.930 servidores ativos, o maior número desde 2021. Esse crescimento ocorre após dois anos consecutivos de alta no contingente de servidores, interrompendo uma tendência anterior de redução. O aumento também pode ser atribuído aos concursos públicos realizados, incluindo o Enem dos concursos, que oferecerá mais vagas no setor público.
O governo federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação, afirmou que as medidas adotadas, como reestruturação de carreiras e concursos públicos, visam tornar o Estado mais eficiente e sustentável, sem ampliar significativamente a despesa como proporção do PIB. Apesar do crescimento do número de servidores e dos reajustes salariais, o governo enfatizou que a despesa com pessoal continuará estável como proporção do PIB, mantendo o compromisso com a responsabilidade fiscal e os limites do arcabouço fiscal. O objetivo central é aprimorar a entrega de políticas públicas e serviços à população.